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Mundos Paralelos (Conto Especial de Natal)



MUNDOS PARALELOS





Disclaimers:
Este é um conto especial de natal escrito por Carlos Brito e Valquíria Costa onde enviamos nossas heroínas direto do conto “A Batalha Divina” até um mundo paralelo. A proposta com este conto é passar uma mensagem de paz, amor e compaixão.
Atenção; as personagens “Xena”, “Gabrielle”, “Lila”, “Sarah” e “Eve (Eva)” são marcas registradas da  Pacific Renaissance Pictures LTDA,  Universal Studios e MCA International (MCA/Universal); as mesmas são usadas aqui apenas por diversão sem intenção alguma de obter lucro ou até mesmo de infringir leis de copyright.
Ressalto a dizer que os personagens “Amandriel” e “André” são marcas registradas do escritor Carlos Brito. Digo-vos que eu tenho direitos autorais reservados sobre tais marcas, portanto está proibido por lei qualquer uso indevido sem minha autorização prévia em quaisquer outras obras, sites ou blogs. Estas marcas aqui citadas são usadas aqui neste conto pela minha pessoa e por Valquíria Costa onde a mesma faz uso de tais marcas com o meu consentimento. Qualquer infração das leis de copyright sobre tais marcas poderá acarretar sobre o infrator multas e cláusula judiciária.
Sumário: 
Capítulo I – Mundos Paralelos (escrito por: Carlos Brito)
Capítulo II – Preocupação (escrito por: Valquíria Costa)
Capítulo III – Revelações (escrito por: Carlos Brito)
Capítulo IV – O Encontro (escrito por: Valquíria Costa)
Capítulo V – A Cura (escrito por: Carlos Brito & Valquíria Costa)

Notas:
*No conto, o passarinho que Eva segue é o arcanjo Miguel na forma de um passarinho branco
*Todas as falas de Eva criança estão grifadas em aspas, pois se trata de falas de uma criança que ainda está aprendendo a falar. Não são erros ortográficos ou de digitação.
*A parte em que Eva ainda é uma criança se trata de um conto que está sendo produzido pela autora Valquíria Costa onde este será revelado em breve; aguardem.

Se desejarem, me enviem mensagens pelos meus e-mails:
Carlos Brito:
Twitter: @carlos_vladxena

Esperamos que apreciem a fanfiction e desejamos a todos uma boa leitura. 




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Capítulo I: Mundos Paralelos




Em um ameno dia de inverno, as folhas das florestas farfalham e tremem como as asas dos anjos doirados de Deus, a viração eólica passa já frouxa nas janelas das casas e templos. Aqui, ali, além são labirintos de arvoredos que nascem em leitos de relvas onde por debaixo dos arvoredos, nascem então as plantazinhas com belas madressilvas adjunto de pequenos rochedos forrados por musgo.
Em uma estreita, porém... Longa vereda de grama e terra onde os lados são cheios de arvoredos onde as folhas floridas tremem e sussurram com a visita da viração eólica; Xena, Gabrielle e Eva cavalgam cada uma em seus respectivos cavalos conversando entre si. Xena traja a sua mesma vestimenta de guerreira com a sua armadura por cima do couro porém... A princesa guerreira também usa um longo sobretudo negro onde o mesmo resvala em comprimento até abaixo de seus joelhos deixando a mostra as suas botas de couro preto e as mangas de seu sobretudo resvalam até os seus pulsos. A poetisa guerreira usa a sua mesma vestimenta de sempre, pois a mesma caminha trajando um curto top carmesim com detalhes marrons claros por envolto, sua saia curta de mesma cor resvala em comprimento até o início de seus joelhos onde a rainha amazona usa também um longo sobretudo feito de peles de cor marrom vivo e marrom bem claro quase branco onde este resvala em comprimento até abaixo de seus joelhos deixando a mostra as suas botas carmesim vivo quase preto enquanto Eva caminha ao lado de Gabrielle trajando um curto top vermelho cobrindo os seios, uma saia marrom clara listrada com detalhes marrom claro e marrom forte onde a mesma resvala em comprimento até os seus joelhos e por cima de sua vestimenta, a mesma cobre todo o seu corpo usando uma espécie de túnica verde feita com um tecido um pouco mais resistente e grosso com detalhes listrados entre marrom claro e marrom forte semelhante à cor de sua saia e tudo isso, n’uma tentativa de se proteger do frio sem desistir da longa caminhada na busca de ajudar às almas que ainda sofrem.
Em meio ao caminho, Eva indaga Gabrielle alegremente dizendo:
- Gabrielle, você está animada para o solstício de inverno?
- Claro que sim Eva. Eu amo o solstício de inverno. Para mim, é uma das comemorações mais perfeitas do ano.
Neste momento, Gabrielle fixa os olhos seus em Xena e se refere à mesma dizendo:
- Xena... Você conhece a história do solstício de inverno?
Xena então franze uma sobrancelha, fixa os olhos seus em sua amada poetisa guerreira e lhe refere dizendo:
- Apenas sei que é uma data comemorativa onde as pessoas trocam presentes e se possível, ficam mais perto de seus familiares.
Gabrielle então franze uma sobrancelha e lhe responde dizendo:
- Isso é só o que todos sabem. Poucos sabem que há séculos atrás, o solstício de inverno era chamado de Saturnália.
Confusa, Eva então indaga a rainha amazona dizendo:
- O que é uma Saturnália? Pode explicar isso Gabrielle...?
Gabrielle então sorri mimosamente para Eva, repousa a sua destra em seu ombro esquerdo e lhe refere dizendo:
- Bem... Há relatos que dizem que a Saturnália era um festival romano em honra ao deus Saturno que ocorria no mês de dezembro, exatamente no solstício de inverno. As Saturnálias tinham início com grandes banquetes e sacrifícios humanos ao deus Saturno; os participantes tinham o hábito de saudar-se com a Saturnália, acompanhado por doações simbólicas. Durante estes festejamentos subvertia-se a ordem social: os escravos se comportavam temporariamente como homens livres; elegia-se, à sorte, um "princeps" – que era uma espécie de caricatura da classe nobre - a quem se entregava todo o poder. Na verdade a conotação religiosa da festa prevalecia sobre aquela social e de "classe". O "princeps" vinha geralmente vestido com uma máscara engraçada e com cores chamativas, dentre as quais prevalecia o vermelho que era a cor dos deuses. Saturno era um deus itálico e seu culto foi importado daqui mesmo da Grécia para Roma, como ocorreu com diversos outros deuses. Diz à lenda que ele teria sido expulso do monte Olimpo por Zeus e se instalado no Capitólio, onde fundou um povo chamado Saturnia. Acredita-se também que o deus Saturno foi acolhido por Jano, igualmente oriundo da Grécia.
Ao escutar o conto, Xena então franze novamente uma sobrancelha, fixa os olhos seus em Gabrielle e lhe indaga dizendo:
- Se a Saturnália é uma festa pagã, por que nós a celebramos até os dias de hoje?
Ao pronunciar tais palavras, a princesa guerreira volta a fixar os olhos seus para frente; Gabrielle sorri por mais uma vez e se refere à Xena e Eva dizendo:
- Aí vem a parte mais interessante da história. Com a chegada do povo Israelita e o seu Deus Único, o povo quebrou este ciclo de sacrifícios convertendo a festa pagã em uma comemoração bem mais calma substituindo os sacrifícios ao deus Saturno pela troca de presentes entre as pessoas e ao invés de comemorar a festa reverenciando o deus Saturno, o povo Israelita substituiu pela ceia entre os familiares celebrando a paz e o amor. Este é o verdadeiro sentido do solstício de inverno.
Eva então reverbera dizendo:
- Por Eli, sacrifícios humanos...? Para reverenciar um deus?
Com pesar nos olhos seus, Gabrielle então se refere à Eva dizendo:
- Eu sei... É triste saber que ainda há pessoas que cometem tais crimes achando que isso lhes trará sorte em uma colheita, uma vida próspera... Mas muitas das vezes eles não imaginam que só fazem mal a si mesmos.
Eva então fixa os olhos seus em sua mãe Xena e lhe refere dizendo:
- É triste saber de tais coisas sim. Eu só queria que as pessoas descobrissem que existe o caminho da luz a ser seguido. O caminho de Eli, o caminho do Deus Único.
Xena então fixa os olhos seus em Eva e lhe consola dizendo:
- Hei Eva, lembre-se que é exatamente por isso que nós estamos aqui. Nós precisamos lutar para acabar com esses crimes, ajudar a todos aqueles que precisam de nós.
- Eu sei mamãe, eu sei, mas ainda assim, é triste...!
Neste momento, Xena então fixa os olhos seus em Eva e logo depois em Gabrielle e reverbera dizendo:
- Bem... Finalmente uma taverna. Precisamos nos instalar aqui hoje a noite, pois as noites de inverno são bem mais longas que o normal.
Gabrielle e Eva concordam e então, as três aventureiras instalam seus cavalos no celeiro da taverna e adentram o recinto. Ao passar pela porta, as aventureiras notam o chão de pedra, as paredes de madeira são interligadas por vigas de madeira de sorveira brava, bem em frente, o balcão feito de madeira com vários barris cheios do vinho do deleite atrás, ao lado esquerdo do balcão uma escada que dá acesso aos quartos e adjunto a escada, vários quadros e escudos de guerreiros pendurados enfeitam as paredes de pedra, no centro da taverna, várias mesas se fazem esparzir pelos lados da mesma; onde todas comportam seis cadeiras feitas de madeira de sorveira brava e as lajes que as cobrem são revestidas de várias vigas de madeira e assaz feno.
Xena então se refere à Gabrielle e Eva dizendo:
- Eu falarei com o taverneiro e tentarei arranjar comida e estalagem enquanto vocês procuram uma mesa, entenderam?
Gabrielle então confirma que sim com a cabeça e começa a caminhar com Eva a procura de uma mesa, pois para piorar a situação, a taverna encontra-se cheia de loucos e bêbados onde um d’eles repousa as suas mãos sobre a cintura de Eva segurando-a firmemente por trás e ao sentir as mãos de seu opressor, Eva então abre bem os olhos seus e reverbera em alto e bom som dizendo:
- UI, MAMÃE! Socorr...!
Antes mesmo que Eva pudesse completar a frase, a mesma sente as mãos de Gabrielle repousarem sobre o seu braço direito e então a mesma puxa Eva libertando-a do insensato onde neste momento, Xena volta caminhando em direção ao insensato de embriaguez, passa na frente de Gabrielle e Eva e ao se aproximar, a princesa guerreira aplica o golpe em sua jugular bloqueando o fluxo de sangue para o cérebro daquele que tentou desonrar sua filha e então, Eva se refere à Xena dizendo:
- Mamãe, por favor.
Xena então move a sua cabeça para o lado direito horizontalmente e levanta o seu antebraço direito com os seus dedos apontados para cima anunciando uma leve repreensão onde Eva se cala e então a princesa guerreira se refere ao insensato dizendo:
- Faça isso de novo com a minha filha e eu arranco os seus dois braços fora, entendeu?
O embriagado afirma que sim e então a princesa guerreira desfaz o golpe libertando o homem onde após algumas horas, Xena, Gabrielle e Eva conseguem um quarto onde as mesmas passam a noite na taverna, mas o dia se faz presente e as três aventureiras voltam para a estrada. Longas horas se passam até que então Xena, Gabrielle e Eva se deparam com algo inusitado. No meio do caminho, as três aventureiras conseguem entrever um grupo de guerreiros fortemente armados caminhando em sua direção dizendo:
- Matem a mensageira, matem-na!
Eva então reverbera para Xena e Gabrielle dizendo:
- Há algo estranho com esses guerreiros. Algo maligno os acompanha. Eles estão possuídos por demônios, eu posso sentir isso.
Todas saltam de seus cavalos e Xena então passa na frente de Eva, toma posse de sua espada e Gabrielle toma posse de seus sais e neste momento, os guerreiros possuídos por demônios avançam até Xena e Gabrielle e eis que um combate se inicia. Dois guerreiros avançam até Xena onde o primeiro aplica um lance de espada, mas a mesma bloqueia o golpe com a sua espada e então, a mesma o contra golpeia aplicando-lhe um chute frontal atingindo o seu estômago e rapidamente, Xena aplica um segundo chute, agora lateral atingindo a costela e logo em seguida, um terceiro chute atingindo o peito do segundo guerreiro.
Dois guerreiros avançam até Gabrielle onde o primeiro guerreiro aplica-lhe um golpe de espada, mas a rainha amazona salta rapidamente, gira duas vezes no ar horizontalmente e ainda no ar, a mesma abre as pernas e aplica um chute duplo atingindo a cabeça dos dois guerreiros fazendo-os resvalar no chão.
Mais dois guerreiros avançam até Xena onde rapidamente, a princesa guerreira salta e aplica um chute frontal duplo atingindo a face dos dois guerreiros ao mesmo tempo fazendo-os resvalarem no chão, onde subitamente, mais dois guerreiros surgem na frente de Xena onde um deles aplica-lhe um soco cruzado de esquerda, mas Xena bloqueia o golpe usando o seu antebraço direito e o contra golpeia aplicando-lhe um chute frontal atingindo o seu peito fazendo-o resvalar no chão. Xena então aplica um salto mortal e ainda no ar, a princesa guerreira abre as pernas e aplica um chute lateral atingindo o ombro do ultimo guerreiro plantando os seus pés no chão e então, Xena segura o guerreiro possuído pelas mãos imobilizando-o com o seu joelho firmado em seu peito e então, Xena o indaga dizendo:
- Porque vocês estão tentando matar minha filha...?
O guerreiro possuído apenas ri macabramente e então, a princesa guerreira reverbera para Eva dizendo:
- Ele não irá falar, Eva; você pode exorcizá-lo?
Eva então se concentra, repousa a sua destra na testa do guerreiro e então reverbera por duas vezes dizendo:
- Em nome do Deus Único, eu te exorcizo.
Neste momento, o guerreiro volta ao normal e então, Xena o ajuda a levantar onde o mesmo se afasta do local sem compreender o que houve e então, Gabrielle indaga Xena dizendo:
- Xena, o que está acontecendo...? O que houve aqui?
Com certa preocupação nos olhos seus, a princesa guerreira franze uma sobrancelha, suspira fundo e se refere à Gabrielle dizendo:

- Eu também quero saber Gabrielle e tenho a impressão que iremos descobrir logo!

Capítulo II: Preocupação


Enquanto isso, em um mundo muito distante deste universo; em um mundo paralelo onde Xena e Gabrielle não forma congeladas por vinte e cinco anos e agora, as mesmas cuidam de Eva ainda criança:
Eva caminha a frente das duas guerreiras, correndo atrás de qualquer coisa que voasse, a menina adora perseguir os passarinhos, as borboletas, de vez em quando até alguns servos que se aventuram nas margens para se refrescar também se tornam seu alvo, nem os insetos pequenos escapam de suas excursões aventureiras, para a Eva tudo se torna motivo para suas brincadeiras infantis, sempre sorrindo a menina com seu jeito de travesso faz a vida de suas mães cada vez mais feliz, tanto Xena quanto Gaby mantém os olhos atentos sobre as travessuras de sua pequena infante, as duas mulheres conversam sobre a educação da pequena.
- Minha única preocupação é que Eva possa ter uma infância normal como toda criança, Gabrielle. – Xena desabafa segurando as rédeas do seu cavalo negro, enquanto sua amada faz o mesmo com o dela.
A poetisa olha para a princesa guerreira, compreende e compartilhar da mesma angústia sobre o futuro da menina, ela mesma já fora alvo de um poder sobrenatural, manifestado através de sua garota, as duas sabiam que se Eva viesse a ser descoberta, não teriam paz e a menina seria caçada, tanto por pessoas simples as procuras de cura para suas dores, como por forças malignas, e assim não poderiam assegurar para Eva uma infância feliz.
- Eu sei Xena, também me preocupo com ela – olha sua menina perseguindo os pássaros a sua frente.
Em suas descobertas Eva percebe que se permanecesse parada por um tempo, os pássaros seriam enganados e cada aventura se torna cada vez mais emocionante, por isso a menina coloca seu plano em ação: fica parada, esperando o melhor momento para novamente correr em disparada atrás de seu alvo preferido; os pássaros. Quando de repente, um passarinho branco levanta vôo com uma rapidez fulminante, deixando sua perseguidora paralisada por tal atitude por parte do alado que segue seu plano de vôo rasante voando por cima da cabeça da menina que até pula na tentativa de alcançá-lo, todavia logo desiste de seu intento, vendo que seu alvo está fora de seu alcance. 
- Precisamos mantê-la longe dos problemas – a princesa guerreira visualiza as peripécias de sua filha, inclina a cabeça para a direita e deixa um sorriso escapar - Devemos evitar as grandes vilas, e também as estradas muito movimentadas.
Uma brisa mansa sopra no horizonte de repente e logo as duas viajantes olham em volta a procura de abrigo antes do tempo previsto, o dia que aparentava firme boa parte do tempo, contudo muda, se transforma, formando nuvens negras por todo céu.
- Parece que vai chover Xena – Gabrielle examina a situação notando o tempo frio.
A poetisa para a caminhada, se dirigindo até o seu cavalo para buscar seu casaco de pele branca e para sua pequena uma touca azul, e um casaquinho de mesma cor para cobrir Eva que se encontra novamente correndo atrás agora de algumas borboletas. Xena ao ver a cena fica apenas contemplando de braços cruzados, com um sorriso matreiro nos lábios, enquanto pega os dois cavalos pelas rédeas, verifica com seu olhar habitual o melhor local para montar um acampamento de urgência.
A rainha amazona fica parada observando os trejeitos da garota travessa quando seu novo alvo também escapa de suas brincadeiras.
A garota volta sua atenção para sua mãe Gaby que caminha em sua direção segurando seu casaquinho e sua toca nas mãos, a menina desiste por enquanto de mais uma aventura e procura atenção de sua mãe.
- “Mamãe, chede”- olha para Gaby que procura o cantil em seu alforje, que sempre trás consigo pendurado transversalmente sobre seu dorso.
A poetisa leva o cantil aos lábios da garota que sorve o líquido com a pressa de sua idade infantil, mas logo o resultado é a tosse. Gabrielle logo pega os braços da criança para levantar acima da cabeça, a pele alva de Eva logo se torna de cor avermelhada, a poetisa então se ajoelha, massageia o peito da menina que continua a tosse, agora de modo amenos, a garota então se agarra ao pescoço de sua mãe, tossindo devagar em minúsculos intervalos, seu abraço é forte em volta do pescoço de Gaby que não reclama da força de sua menina, pois já está acostumada com os abraços de sua amada Xena, da qual Eva herdava tamanha força desmedida.
A princesa guerreira caminha mais a frente e encontra uma espécie de gruta, ela olha para trás e visualiza sua menina enroscada no pescoço de Gaby. Ela deixa os cavalos soltos retirando, os respectivos arreios, e retorna para junto de suas amadas.
- O que aconteceu?  - Xena observa que sua garota está quieta demais.
- Ela se engasgou com a água, mas acho que dormiu – Gaby fala assim porque também percebeu a quietude da menina.
Xena dar a volta em torno da poetisa para ver se Eva dorme realmente, chegando perto o suficiente para sentir sua respiração leve, mostrando assim que sua garotinha se encontra profundamente adormecida.
- Estar realmente dormindo, - arqueia a sobrancelha mostrando alivio ao ver a pequena travessa quieta por alguns minutos - Vamos adiante, encontrei uma gruta. – indica com a mão esquerda a direção a seguir.
A gruta apesar de não ser grande, se mostra bastante aconchegante, quando os primeiros pingos de chuva se fazem presente, quase molhando as duas mulheres e a criança adormecida, nos braços de sua mãe. Com uma curta corrida, adentram o recinto às pressas, Xena entra primeiro para terminar sua verificação do ambiente, acha um cantinho e forra o chão áspero com uma manta, fazendo uma cama, para que Gaby deposite sua carga preciosa.
- Vou catar alguns galhos para improvisar uma fogueira – avisa a princesa guerreira que logo some para realizar sua tarefa.
Gabrielle por sua vez, se ocupa com os utensílios domésticos e os alimentos a serem consumidos pelas duas guerreiras e por sua menina quando despertar dos sonhos infantis. Quando tudo já encontra a postos sobre outra manta de cor cinza, a princesa guerreira retorna com os galhos em seus braços, coloca no chão armando-os na forma oval e com o auxílio de duas pedras grandes, ela esfrega as duas pedras e logo surgi às primeiras faíscas, Xena transposta o fogo para a fogueira, transformando-se logo em brasas pequenas, aquecendo o ambiente, depois ela torna a realizar uma última varredura pelo local.
Enquanto isso lá fora o temporal desaba, a natureza revela toda a sua intensidade, uma enorme concentração de água forma verdadeiras mini-lagoas em torno das escavações da terra.
A comida logo é preparada pela poetisa que cantarola baixinho uma canção infantil, movimentado seu corpo no ritmo da música que aos poucos embala todos os seus movimentos, ela simula ninar Eva, dobrando seus braços um de encontro ao outro, abaixo de seus seios, de repente ela se levanta num átimo e canta cada vez mais alto, dessa vez rodopiando em torno da fogueira recém construída.
Xena ouve um barulho e as pressas se dirige ao local onde se origina o tal evento estridente, com sua espada na mão, apressa cada vez mais o passo, pensando em proteger Eva e Gabrielle de um eventual ataque maciço de inimigos, que cantam?
A princesa guerreira fica paralisada quando descobre a verdadeira origem da falta de silêncio, perplexa não consegue se mexer permanecendo estática onde se encontra, ela cruza as pernas e se inclina repousando seu corpo em uma das paredes da gruta, onde o acampamento foi montado, aliviada Xena baixa sua espada e observa o desempenho da poetisa dançando e cantando a canção favorita de Eva:
“Brilha, brilha estrelinha
Quero ver você brilhar
Faz de conta que é só minha
Só pra ti irei cantar.
Brilha, brilha estrelinha
Brilha, brilha estrelinha
lá no alto do céu
Tu que és pequenininha. 
Brilha, brilha estrelinha
Brilha, brilha lá no céu
Noite a noite veja bem,
Fico triste se não vem.
Brilha, brilha estrelinha
Brilha, brilha lá no céu
Olha só repare bem,
Já dormiu o meu neném.
 
Brilha, brilha estrelinha
Brilha, brilha lá no céu”.

A última estrofe é cantada de forma lenta e progressiva e com muito sentimento, pois lá fora a estrelinha hoje não surgiu, por causa do temporal que se abate naquele lugar, deixando as três ilhadas dentro da gruta, ela agradece no intimo de seu coração por achar aquele abrigo de forma milagrosa, pois aquele local parecia inóspito e árido e pouco vegetativo, uma longa estrada sem abrigos contra um provável ataque repentino, e as guerreiras sempre alertas com seus olhares, buscando sempre, lugares para se proteger de qualquer ameaça.
Gabrielle canta por duas vezes a mesma canção sempre dançando e rodopiando demonstrando seu estado de felicidade plena, pois ela sabe que tinha tudo em suas mãos para ser feliz, uma filha linda, ativa e só um pouquinho peralta, ela pensa e sorri ante o pensamento, havia também conquistado o amor de sua vida a Xena que por longos anos compartilharam uma grande amizade e cumplicidade, desenvolvendo aos poucos um amor sublime, capaz de sobreviver a tudo e a todos, inclusive a até a morte.
Eva continua a dormir tranquilamente, vira por três vezes, trocando de posição, sob o olhar atento de Xena que na espreita continua a observar sua amada poetisa cantar e dançar, sem perceber sua mini platéia, apesar de todo o barulho que a amazona faz ao término da canção de ninar. Gabrielle voltar para seus afazeres depositando os alimentos em seus respectivos pratos, porém ainda cantarola agora baixinho a mesma canção.
Antes que Xena possa se aproximar de Gabrielle, Eva desperta se levantando rapidamente da cama improvisada, ela senta e coça sua cabeça loira por alguns segundos, olha para os lados tentando ajustar sua visão e vê sua mãe parada encostada na parede da gruta, apoiando suas pequeninas mãos no chão consegue enfim ficar de pé sozinha e vai ao encontro de Xena.
- “Mamãe, mamãe” – a pequena puxa as faixas de seu saiote.
Ao ouvir a voz de sua menina, Gaby olha para trás e visualiza a figura da princesa guerreira, e começa a rir, pois sabe que Xena com certeza já estava ali há muito tempo. A guerreira de cabelos negros carrega sua filha nos braços passa por Gabrielle e vai lá fora, pois percebe que a chuva passou e o sol reina no céu.
- Gaby, vamos descansar lá fora – fala de onde estar, na entrada da gruta.
A poetisa não perde tempo pega todas as mantas disponíveis, deixando os alimentos dentro da gruta e sai ao encontro das duas que já estão lá fora brincando.
- Voar, mamãe, voar – Eva pede sua brincadeira favorita, onde logo é atendida, Xena a ergue para o alto, deita seu corpinho sobre seus braços e simula um voou rasante, levando sua garotinha ao delírio de felicidade, após inúmeros vôos, Gabrielle que já terminara seu serviço chama as duas para descansar, deitadas sobre as mantas ainda brincam com bonequinhos feitos de palhas, aos poucos Eva adormece outra vez cansada pelas brincadeiras, Xena e Gabrielle também embarcam para o mundo dos sonhos.
O dia está lindo, o sol radiante, os pássaros cantam até o farfalhar do vento pode ser ouvido com clareza, onde a temperatura ambiente se mostra agradável, uma tarde perfeita para repousar depois de uma longa jornada ainda sem fim.





Capítulo III: Revelações





Voltando ao mundo de Eva adulta, Xena, Gabrielle e Eva conversam entre si perguntando a si próprias o motivo dos guerreiros atacarem Eva onde neste momento, Gabrielle se refere à Xena dizendo:
- Xena... O que está acontecendo? Os portões do inferno foram fechados após o apocalipse. Como esses demônios conseguiram vir a terra?
Xena então franze uma sobrancelha, suspira fundo e se refere à poetisa guerreira dizendo:
- Os portões do inferno foram selados sim Gaby, mas Lúcifer ainda está solto no mundo. Ele tem poder suficiente para trazer demônios de classe baixa. Eu só ainda não entendo o que eles querem com a minha filha.
Eva então fixa os olhos seus em Xena e lhe refere dizendo:
- Eu tenho uma vaga impressão que Lúcifer deseja me matar por causa do meu destino como mensageira do Deus Único mamãe.
A princesa guerreira então semicerra os olhos seus e reverbera dizendo:
- Mas é claro. Matando a minha filha, esse filho de uma bacante terá alguma vantagem em algum de seus planos malignos.
Gabrielle então fixa os olhos seus em Xena e se refere à mesma dizendo:
- Mas quais planos podem ser esses Xena...?
- Eu ainda não sei, mas precisaremos descobrir isso logo. Precisamos nos afastar desse local, pois podem surgir mais guerreiros possuídos por demônios.
Neste momento, Eva sente uma leve dor de cabeça e então a mesma repousa a sua destra em sua têmpora direita ao mesmo tempo em que uma forte tontura toma conta de sua mente e de seu corpo e então; Xena e Gabrielle seguram-lhe pelos braços impedindo que a mensageira do Deus Único resvale no chão, desmaiada e então; a rainha amazona se refere à Xena dizendo:
- Xena, o que nós iremos fazer agora? A Eva está fraca.
Xena então se refere à Gabrielle dizendo:
- Só pode ter sido por causa do exorcismo. Precisamos tirar Eva daqui e encontrar um lugar para passarmos a noite. A Eva precisa descansar.
Eva então reverbera dizendo:
- Eu estou bem... Não se preocupem comigo.
Xena então fixa os olhos seus em Eva e lhe responde dizendo:
- Não discuta comigo mocinha. Você precisa descansar enquanto eu e Gabrielle investigamos o que está acontecendo.
Eva então sorri mimosamente para Xena e Gabrielle e então Xena, Gabrielle e Eva montam em seus respectivos cavalos por mais uma vez e começam a cavalgar em busca de um local para permanecerem até Eva recuperar as energias gastas pelo exorcismo.
Após longos minutos cavalgando, as três aventureiras encontram um denso bosque onde as mesmas armam acampamento. Xena então se afasta do acampamento para caçar deixando Gabrielle e Eva conversando. Após alguns minutos, a princesa guerreira volta trazendo consigo um coelho onde a mesma o entrega para a poetisa guerreira para então cozinhá-lo e assim a rainha amazona o faz.
Em meio ao almoço, Eva então fixa os olhos seus para o nada a sua volta e se refere à Xena dizendo:
- Mamãe, tem idéia do que possa estar acontecendo?
Xena então suspira lentamente, Gabrielle fixa os olhos seus em Xena e então a princesa guerreira fixa os olhos seus em Eva e lhe responde dizendo:
- Eu ainda não sei Eva. Sei apenas que Lúcifer está por trás disso tudo, eu só ainda não sei o motivo.
Gabrielle então suspira profundamente, franze uma sobrancelha mentre deixa escapar um pequeno e único som como um leve riso e reverbera dizendo:
- Se Amandriel estivesse aqui, saberíamos em detalhes o que está acontecendo.
Neste momento, subitamente, uma névoa negra se faz esparzir e toma o local por completo e então; vários guerreiros possuídos por demônios surgem diante de Xena, Gabrielle e Eva e então; uma silhueta masculina toma forma. Seu corpo é negro com detalhes em carmesim permeado em uma armadura negra, os olhos seus são de puro fogo, em sua testa, um par de chifres e o mesmo carrega uma espada de gume negro. O próprio Lúcifer então reverbera em gargalhadas alheias dizendo:
- Prepara-te a vossa espada Xena, pois ceifarei a alma da mensageira e tu não poderás impedir.
Xena então toma posse de sua espada, franze uma sobrancelha, sorri maleficamente para Lúcifer e lhe responde dizendo:
- É o que veremos...!
Neste momento, Lúcifer se desmaterializa rapidamente se materializando diante de Eva deixando Xena e Gabrielle perplexas por alguns segundos e então; o rei das trevas aplica um lance de espada cravando-a no peito de Eva, mas em meio ao golpe, uma luz muito intensa assoma atrás de Eva, uma silhueta masculina segura-a firmemente e assim, a luz se intensifica ainda mais ofuscando a visão de todos e assim, os guerreiros possuídos por demônios e até mesmo Lúcifer desaparecem rapidamente enquanto a silhueta levanta vôo carregando consigo a filha de Xena afastando-a das trevas, mas assustada, a mesma indaga para a silhueta dizendo:
- Quem é você...? O que quer de mim...?
Os lábios seus, não se movem, mas sua voz calma e gentil dessa forma branca sai de dentro dela dizendo:
- Acalma-te criança, pois eu sou contigo!
A silhueta de luz liberta Eva pousando-a no chão diante de Xena e Gabrielle e então, a silhueta ganha forma revelando a sua verdadeira identidade onde Xena o indaga dizendo:
- Amandriel...?
Deitada no chão com a princesa guerreira em desespero a seu lado, Eva então regurgita a nódoa escarlate pelos lábios seus e então, Amandriel toca os seus dedos indicador e médio na testa de Eva onde uma pequena luz assoma diante de todos e então; ao remover os dedos, uma surpresa deixa todos perplexos, Amandriel então reverbera dizendo:
- Meus poderes não estão funcionando.
Gabrielle então o indaga dizendo:
- Como assim Amandriel...?
O Serafim então se refere à Xena e Gabrielle dizendo:
- Voltarei para o céu procurar respostas e investigar o que se passa.
Xena então se refere ao jovem Serafim em desespero dizendo:
- Não deixe minha filha morrer Amandriel.
- Não deixarei. Cuidem dela até eu voltar, eu prometo que nós a salvaremos Xena.
Neste momento, o jovem Serafim se desmaterializa deixando Xena e Gabrielle cuidando de Eva e então; a princesa guerreira se refere à Gabrielle dizendo:
- Gabrielle, eu consegui ver algumas ervas do soldado há alguns metros atrás, eu irei buscá-las.
- Tudo bem Xena, mas não demore. Não sabemos que tipo de ferimento é esse que nem mesmo Amandriel conseguiu curar.
Xena então afirma com a cabeça, monta em Argo II e refaz o caminho cavalgado onde após alguns poucos minutos, a mesma volta ao acampamento improvisado trazendo consigo algumas folhas e ervas – logo, a princesa guerreira faz uma bolsa de ervas com a planta adquirida e coloca-a por cima do ferimento de Eva onde neste momento, Gabrielle indaga Xena dizendo:
- O ferimento foi muito profundo?
- Não tão profundo, mas foi perto do coração. Lúcifer teria conseguido matá-la se Amandriel não chegasse a tempo.
Alguns momentos se passam e então, Gabrielle repousa a sua destra na bolsa de ervas removendo-a levemente e percebe que o ferimento continua aberto e então Xena repousa a sua destra na testa de Eva e observa também que a mesma se encontra com febre nas faces onde um leve palor já se assoma em sua tez e os lábios seus começam a ficar azulados onde o desespero se assoma no coração tanto de Xena quanto de Gabrielle.
Neste momento, subitamente, Amandriel se materializa diante de Xena, Gabrielle e Eva onde rapidamente o mesmo fixa os olhos seus em Xena e Gabrielle e então, a princesa guerreira se refere ao mesmo dizendo:
- O que você descobriu Amandriel?
- As notícias não são boas Xena. Em verdade vos digo que Deus me revelou o que está acontecendo. Eva fora ferida pela espada negra de Lúcifer e lenimento algum desta época pode sanar. Xena; há frestas no universo que podem levar para outros mundos paralelos e Lúcifer descobriu isso e já viajou entre os mundos para matar Eva em um mundo paralelo. Deus nos ordenou uma nova missão Xena; nós precisamos salvar Eva neste mundo paralelo das mãos de Lúcifer, pois a resposta para a cura de Eva aqui se encontra no outro mundo e se Lúcifer conseguir matar Eva no outro mundo, o universo entrará em um cataclisma e tudo o que existe no mesmo, deixará de existir, pois no momento em que o rei das trevas matar Eva no mundo paralelo, Eva aqui irá sumir subitamente e isso afetará todo o universo, pois para piorar a situação, a sua filha é a mensageira do Deus Único e sabendo disso, Lúcifer deseja matá-la para conseguir conquistar tudo o que existe e então, o mesmo trará o inferno para a terra.
- Eu farei de tudo para salvar Eva e se eu precisar ir até esse mundo paralelo ou no inferno, eu irei, mas não deixarei a minha filha morrer.
Gabrielle então fixa os olhos seus em Xena e logo em seguida no jovem Serafim e reverbera:
- Nós não deixaremos a Eva morrer. Ela não morrerá agora. Iremos todos juntos para salvá-la.
Xena então fixa os olhos seus em Amandriel e lhe refere dizendo:
- Amandriel, eu preciso que você me faça um favor. Nos leve até a casa de Lila, pois não podemos deixar Eva sozinha aqui neste mundo.
- Tudo bem Xena.
Neste momento, Amandriel materializa Xena, Gabrielle e Eva até a casa de Lila aonde chegando à mesma, Xena e Gabrielle revelam o decorrer dos fatos ocorridos e então, Lila e Sarah passam a cuidar de Eva.
Xena então toma Eva nos braços como uma criança e a deita na cama de Sarah na alcova da mesma onde as mesmas permanecem cuidando da filha da princesa guerreira.
Neste momento, Amandriel então fixa os olhos seus em Xena e Gabrielle e reverbera dizendo:
- Vocês estão prontas?
Em desespero, mas ainda assim, firmes e prontas para uma nova batalha contra Lúcifer, Xena e Gabrielle afirmam que sim com a cabeça.

Capítulo IV: O Encontro




Uma luz poderosa cerca os três passageiros que viajam entre os mundos cruzando as barreiras do universo, Xena, Gabrielle e o Serafim do Deus Único, Amandriel. Tempo e espaço deixam de existir, dando continuidade a uma vida pregressa passada nunca vivida por nossas heroínas. Faixas de luzes perpassam pelos corpos dos mesmos, circulando também toda a vida existente, Xena e Gabrielle tentam ficar de olhos abertos para contemplar toda a maravilha ao seu redor, enquanto Amandriel em sua forma de Serafim e em todo o seu esplendor divino olha para o alto, abre seus braços e fecha todas as suas asas em redor de suas protegidas.
As duas guerreiras não conseguem manter por muito tempo os olhos abertos, tudo gira, cores variadas são intensificadas, e uma espécie de topor toma conta de seus corpos, adormecendo as mesmas.
Parecia uma eternidade, mas a viagem é concluída em segundos, a luz desaparece e todo o esplendor da viagem temporal ganha uma forma natural, agora com os pés em terra firme a pequena tripulação sente que já chegou ao seu destino.
Uma nova primazia se aproxima e um novo recomeço para ambos?
Xena é a primeira a sair do torpor e contemplar... A Grécia? A guerreira não entende o que acontece, esperava por algo, quem sabe diferente, talvez um pouco exótico, talvez... Ela já não sabe o que pensar e fica decepcionada com toda a aquela viagem, primeiro exuberante, depois..., depois era só aquilo, a Grécia sua terra natal, olha ao seu redor, reconhecendo rapidamente aquele local, onde algumas vezes acampou com Gaby e outras vezes com alguns amigos, no tempo em que servia ao deus da guerra, estática diante desta realidade permanece num estado de mudez.
A poetisa é a próxima a reconhecer o lugar no abrir de seus olhos verdes, pisca duas vezes para se adaptar a luz natural. Ela gira em torno de si mesma e sorri, ao perceber que nem saíram do lugar, quanto mais viajar pelo tempo e o espaço entre os mundos, será que o Serafim errou o percurso? Perdeu-se durante a jornada? Porque ainda estavam na Grécia! Talvez até perto de sua casa, ela olha para Xena e vê a decepção estampada em sua face, a princesa guerreira fixa seus olhos azuis cheios de raiva para Amandriel, que não se sabe como errou o percurso, arriscando ainda mais a vida de sua filha que se encontra entre a vida e a morte na casa de Lila, provavelmente ainda poderiam retornar para lá, só que dessa vez correndo.
Amandriel percebe toda a revolta interna de sua protegida e antes que uma só palavra se forme na boca da guerreira ele aponta seu dedo indicador na direção contrária.
- Olhai. - a princesa guerreira e Gabrielle estão de frente para o Serafim que estar com todas as suas asas fechadas em si mesmo, Xena no primeiro plano e a poetisa no segundo e com esse movimento, Amandriel faz com que a feroz guerreira se vire e olhe estupefata para o que vê agora.
Ela não acredita nos seus olhos, esfrega com bastante força, para eliminar do seu raio de ação aquela visão impossível, seria alucinação? Ou mais uma armadilha de Lúcifer? Mas era Amandriel que apontara naquela direção, olha para ele que permanece altivo, seu semblante não revela nenhum sentimento, engole seco e fica paralisada diante da figura que se aproxima correndo de braços abertos.
A garotinha ao acompanhada por um passarinho branco, ao visualizar sua mãe corre ao seu encontro gritando.
- “Mamãe, mamãe” – Eva quase tropeça em uma pedra pequena, fazendo com que Xena se lance e corra também ao seu encontro para evitar a queda da menina.
Com os olhos marejados Xena se agacha e abre os braços para receber Eva, que por sua vez abraça com força sua genitora, puxando alguns fios de seus cabelos, mas depois alisa em seguida, fazendo carinho. Xena agarra sua menina ainda sem acreditar como seria possível, que sua filha ainda fosse bebê. Ficam assim durante algum tempo abraçadas, quando a menina percebe também a presença da rainha amazona, se desvia dos braços da guerreira com facilidade e sem cerimônias se pendura no pescoço de Gaby, que sem reação instintivamente se abaixa e recebe o forte afeto daquela menina.
- “Mamãe, ainho”- Eva aponta para o alto mostrando o seu guia.
Gabrielle fica sem palavras diante daquela cena familiar, conhecia sim a Eva e se lembrava do tempo em que cuidou da menina, que não se sabe como, ainda permanecia em seu estado infantil. As guerreiras ficam contemplando a face da criança, não há palavras para serem proferidas.  Vários sentimentos se misturam ao mesmo tempo, depois um só assume o lugar de destaque, o sentimento da felicidade.
Amandriel permanece em seu lugar, agora na figura de André que sorri ao ver tamanha alegria compartilhada entre suas amigas guerreiras, o encontro é emocionante e o faz chorar, ele claro disfarça, enxugando rapidamente os fios de lágrimas que teimam em escorrer pelo canto dos olhos.
- “Mamãe” – a menina esfrega a barriguinha com ambas as mãos – “Fome” – fala de modo simples e direto.
As guerreiras se entreolham com ar de interrogação.
O que será que ela come? Pensa Xena coçando a cabeça em semicírculos, elas não trouxeram consigo nenhuma comida, especialmente alimentos para bebê. Olha para Gaby que responde com uma interrogação não sabendo o que fazer.
- Em verdade vos digo que talvez ela coma... Peixe frito – responde Amandriel na forma de sua casca humana, André, mesmo sem ser convidado.
Xena então se levanta e se prontifica para pescar, Eva se desgarra rapidamente da poetisa e agarra a mão da princesa guerreira, ficando assim na ponta dos pés para alcançar seu objetivo. A guerreira observa sua filha pequena, carrega nos braços, aperta contra o peito num instinto materno de proteção, sorrindo sem parar caminha na direção do minúsculo rio que se encontra logo à frente.
Gaby acompanha as duas com o olhar para em seguida também, traçar seus passos na mesma direção, seguida de perto por André, que sorridente partilha daquele momento sublime para as duas mulheres.
- Como é possível, Amandriel? – não nota que Amandriel toma a sua forma de Serafim novamente.
- Trouxe-lhe aqui, para uma nova batalha, mas sabei-lo; iremos contra tudo agora. Muitos tentarão nos impedir. – ele fala como por enigmas com sua calma habitual.
Gabrielle se assusta ao ouvir a voz de Amandriel no corpo de André e as tais palavras, “nova batalha” ele, porém continua sua linha de pensamento.
- Trouxe-lhe também para que pudesse vivenciar mesmo por pouco tempo, este presente, Eva ainda criança, ela é a chave para a cura da outra Eva em sua forma adulta. – Amandriel revela parte da sua viagem.
- Porque a Grécia! Eu pensei que você estivesse perdido durante o trajeto – Gaby enfim desabafa.
- Mesmo neste mundo paralelo, a Grécia é o lugar onde Eva vive... – repentinamente ele se cala e desmaterializa diante da poetisa, que surpresa não entende o que estar acontecendo.
Novamente ele retorna, agora em seu estado divino, seu semblante, porém nada revela.
- O que foi? – indaga Gabrielle.
- Eu não sei, eu me sinto estranho...! Forças do mal se aproximam sorrateiramente, preciso detê-los antes que o ciclo se feche. Retornarei. – com isso ele outra vez desmaterializa na mesma velocidade da luz.
Gaby sozinha então encontra Xena e Eva pescando, claro, a princesa guerreira pesca ao seu modo particular, com os pés dentro do rio, ouve o som dos peixes buscando-os com as mãos para o delírio de sua menina, que entusiasmada bate palmas a cada peixe fora da água. A princesa guerreira olha para Eva com imensa alegria, sabia que não podia ficar para sempre, mas queria permanecer ao máximo de tempo possível.
Gabrielle contempla a cena mãe e filha um pouco a distância, apesar de a menina chamá-la de mãe, não sabia como se comportar naquela situação e não queria atrapalhar esse encontro precioso entre Xena e sua garotinha.
Eva olha para trás e vê a rainha amazona, seus olhos estão tristes e menina percebe, deixa os aplausos por um momento e vai ao encontro da poetisa.
- “Mamãe, mamãe”– Gaby se abaixa para recebê-la outra vez. – “Cainho mamãe, cainho” – acaricia com tamanha delicadeza a face da poetisa que chora ao sentir o afago da menina em seu rosto e suas palavras amorosas. – “Não chole, mamãe” – ela diz vendo as lágrimas da poetisa molhar seu rosto.
- É choro de alegria docinho, eu estou muito feliz, por ver você – Eva para, olha para Gaby e não entendi.
Nisso Xena retorna da pescaria sentido a falta de sua ajudante, ao mesmo tempo em que percebe que sua amada estar chorando.
- Aconteceu algo? – Sem dar tempo para a resposta, olha em frente e não vê Amandriel – Onde estar àquele tratante, quero agradecê-lo pelo presente, quando vê que Gaby não responde, chega mais perto das duas, para tentar entende o ocorrido.
 - Gaby, o que aconteceu? – se mostra mais preocupada porque a poetisa agora chora com mais força. – Hei, – toca o rosto de sua amada – me conte o que aconteceu, foi o Amandriel? Ele te fez chorar?
A poetisa sinaliza com a cabeça negativamente, as lágrimas insistem em molhar sua face. Eva fica parada, pois não sabe o que fazer, saindo de perto das duas mulheres, caminha até um galho e colhe pequenas flores amarelas de extrema delicadeza, retorna pelo mesmo caminho e oferece duas flores para Gaby e duas flores para Xena que recebe e também começa a chorar, deixando a menina paralisada com aquele efeito inesperado das flores, vendo a reação delas chorarem também.
Xena se recompõe e carrega Eva nos braços as pressas para acalmá-la, Gaby percebe que o choro da menina nada mais é que uma reação a tanta choradeira aparentemente sem sentido para a garotinha, enxuga suas lágrimas, se contém diante das emoções e se junta a Xena para acalmar a garotinha, que vendo suas mães sem chorar também para.
- “Mamãe, fome” – torna a lembrá-las de sua necessidade.
- Os peixes, Gaby só falta limpar. – a princesa guerreira anuncia ao mesmo tempo em que revela que sua tarefa está concluída.
A poetisa não perde tempo caminha até onde os peixes se encontram e inicia sua tarefa. Eva escorrega dos braços da guerreira, puxando-a pelo saiote, a leva para catar os gravetos, para então se fazer uma forquilha, onde os peixes serão assados. Xena entende o que menina deseja sem proferir uma palavra.
Elas passam toda à tarde, as duas guerreiras juntas brincam com Eva, porém preocupadas com a ausência de Amandriel que retorna naquele instante na forma de André.
- Onde estava? – indaga a presença guerreira - Estávamos preocupadas sem ter notícias.
Ele, porém nada revela se mantém estático, fica apenas observando Eva brincar no colo de Gaby, sem resposta, a guerreira volta às brincadeiras com sua menina.
- Voar mamãe, voar – Eva pede sua brincadeira preferida, levanta seus braçinhos para cima esperando que sua mãe realize seu desejo, porém Xena não entende o que significa aquele pedido.
Amandriel que se encontra na forma de sua casca humana André se aproxima de Eva, para por um instante e olha em seus olhos azuis, a menina semicerra seus olhos, pois vê algo estranho, seriam duas pessoas? Ou o passarinho? Ela continua examinando Amandriel com cuidado, ele, contudo abre um largo sorriso e a convida para voar.
- Se desejar alcançar os céus, posso eu passear contigo minha criança – seu sorriso ilumina sua face e desarma Eva que parecia não confiar nele.
Ela abre seus braçinhos novamente, quando as asas de Amandriel ganham força e se abrem completamente, ele a carrega nos braços e alça vôo, para o completo deleite da menina, eles voam por um longo tempo, vôos rasantes, altos, de cabeça para baixo entre outros inimagináveis, Eva é pura felicidade, sua face se encontra totalmente rosada, um lindo sorriso franco e aberto, estampa e ilumina seu rosto.
- Não precisa se aparecer só porque tem asinhas – Xena retoma sua filha quando o jovem Amandriel retorna dos vôos prolongados, ela praticamente puxa Eva dos braços do Serafim que some imediatamente, deixando Amandriel assumir o controle.
- Não podemos permitir que a horda de demônios a encontre, dê-me ela Xena agora, em verdade vos digo, a manterei segura no Jardim do Éden, paraíso do Deus Único.
A princesa guerreira não titubeia diante da ordem recebida mesmo de modo brusco, por que a sua frente ela vê se aproximar uma horda de guerreiros, os demônios, servos leais de Lúcifer, imediatamente chama Gaby e se preparar para a batalha, quando Amandriel retorna e também se posiciona.
- Em verdade vos digo que Eva está salva, não se preocupe. – dizendo isso avança.

Capítulo V: A Cura






Neste momento, Lúcifer assoma diante de Xena, Gabrielle e Amandriel com uma horda de guerreiros possuídos por demônios e então; com uma voz macabra em gutural, o rei das trevas reverbera dizendo:
- Curvem-se diante de seu novo mestre; servos meus ora, pois é chegada a hora em que eu possuirei a alma da mensageira daquele que se diz o único Deus a ser seguido.
Xena então franze uma sobrancelha e de modo sarcástico, a mesma então se refere a Lúcifer dizendo:
- Lucirone... Há quanto tempo. Não perdeu ainda essa sua mania de sonhar alto, estou certa?
- Enquanto a você Xena, ainda não deixou a sua insolência. Pagará por teu erro com a tua alma.
- Isso, é o que iremos ver.
Xena então aplica um salto mortal duplo ao mesmo tempo em que reverbera o seu grito de guerra plantando finalmente os seus pés no chão diante de Lúcifer. Enquanto isso, três guerreiros avançam até a poetisa guerreira onde o primeiro aplica-lhe um jeb de direita, mas a poetisa batalhadora se esquiva, segura o pulso do guerreiro usando a sua destra e o contra golpeia aplicando-lhe uma cotovelada em seu peito e então a mesma termina o golpe aplicando um chute frontal usando a sua perna direita atingindo o estômago do segundo guerreiro à sua frente ao lado do guerreiro do meio e por fim, mais um chute frontal usando a mesma perna agora para trás atingindo o estômago do terceiro guerreiro ao lado do guerreiro do meio fazendo-os resvalar no chão.
Subitamente, mais quatro guerreiros assomam diante de Gabriele onde a mesma aplica um salto mortal para trás bem próximo dos dois primeiros guerreiros fazendo os seus pés atingirem perfeitamente as faces dos mesmos fazendo-os então resvalarem no chão onde a rainha amazona planta novamente os seus pés no chão voltando a sua posição de ataque com os sais em suas mãos onde neste momento, os outros dois guerreiros avançam ainda mais e desferem ao mesmo tempo um lance de espada verticalmente pela esquerda e direita em direção dos ombros de Gabrielle, mas a mesma bloqueia rapidamente os golpes usando os seus sais e então; a poetisa batalhadora aplica um chute lateral usando a sua perna direita atingindo o estômago do guerreiro posicionado à sua esquerda e logo após, a mesma aplica mais um chute lateral atingindo o estômago do guerreiro posicionado à sua direita deixando-os desorientados e então, Gabrielle apóia os seus pés no chão, salta e gira no ar horizontalmente em um ângulo de trezentos e sessenta graus e ainda no ar, Gabrielle aplica um chute frontal usando a sua perna direita atingindo a cabeça do guerreiro posicionado à sua esquerda e então, a mesma planta novamente os seus pés no chão e aplica um chute lateral usando a sua perna esquerda atingindo perfeitamente o peito do segundo guerreiro fazendo-os resvalarem no chão.
Enquanto isso, quatro guerreiros assomam diante de Amandriel e então, o primeiro guerreiro posicionado à sua direita aplica um lance de espada, mas o Serafim o bloqueia usando a sua espada de fogo onde neste mesmo momento, um segundo guerreiro posicionado à sua esquerda aplica um novo lance de espada, mas o jovem Serafim bloqueia o golpe usando novamente a sua espada e então, Amandriel gira em um ângulo de cento e oitenta graus e aplica um lance de espada atingindo o peito dos guerreiros possuídos por demônios onde os mesmos resvalam no chão. Amandriel então gira mais uma vez rapidamente ficando assim de frente para os outros dois guerreiros e suas órbitas dos olhos seus passam a tomar uma cor azul, onde a luz se intensifica e então, vários guerreiros possuídos são exorcizados na batalha.
Enquanto isso, Lúcifer aplica um golpe de espada na direção do peito de Xena, mas a mesma bloqueia o golpe usando a sua própria espada e então, a princesa guerreira toma posse de seu chakram e o lança usando a sua mão esquerda atingindo perfeitamente o peito de vários guerreiros possuídos fazendo um circulo perfeito se choca contra uma espada de um dos guerreiros ricocheteando e então, o mesmo volta para as mãos de Xena onde a mesma o prende novamente em sua cintura.
Neste momento, Lúcifer aplica um soco cruzado de direita, mas Xena bloqueia o soco usando também a sua destra fazendo os braços tanto de Lúcifer quanto de Xena se cruzarem e então, o rei das trevas aplica um chute frontal atingindo perfeitamente o estômago de Xena fazendo-a voar e se chocar contra um arvoredo, tamanha a força do demônio onde neste momento, Amandriel levanta vôo avançando em Lúcifer e aplica um lance de espada na direção da cabeça do mesmo, mas o rei das trevas bloqueia o golpe levantando a sua espada negra no ar, segura uma das asas do Serafim, gira-o em um ângulo de trezentos e oitenta graus, lança contra o chão e então gira a sua espada no ar e aplica um lance de espada na direção da cabeça de Amandriel, mas Gabrielle então bloqueia o golpe de Lúcifer cruzando os seus sais salvando a vida de Amandriel.
Perplexo, mas com ódio nos olhos seus; Lúcifer então aplica um jeb de esquerda na direção do nariz de Gabrielle, mas a mesma se esquiva e aplica um golpe usando a Tsuka Kashira de um de seus sais atingindo o peito do rei das trevas, mas o mesmo gira em um ângulo de trezentos e oitenta graus, levanta a sua perna direita e aplica um chute lateral atingindo o estômago da poetisa guerreira fazendo-a voar tamanha força do impacto, mas rapidamente, Amandriel abre as suas asas, levanta vôo, segura Gabrielle firmemente pela cintura e afasta a mesma de Lúcifer e então, Amandriel se materializa diante de Lúcifer aplica um lance de espada, mas o rei das trevas bloqueia o golpe, mas então a princesa guerreira consegue se levantar se recuperando totalmente, aplica um salto mortal duplo reverberando o seu grito de guerra plantando então os seus pés diante de Lúcifer e aplica um lance de espada na direção do ombro do mesmo, porém... Lúcifer bloqueia o golpe da princesa guerreira usando a sua própria mão esquerda e então, o rei das trevas salta e aplica um chute frontal duplo atingindo o estômago de Xena e Amandriel ao mesmo tempo fazendo-os voar pela força do golpe se chocando contra arvoredos e então, Xena se refere à Amandriel dizendo:
- Amandriel... Você confia em mim?
- Confio Xena, mas por que está me perguntando isso justo agora?
- Eu preciso lutar contra Lúcifer usando a sua espada de fogo.
Amandriel então semicerra os olhos seus e indaga Xena dizendo:
- Mas apenas um Serafim pode tocar em uma espada de fogo, o que planeja Xena?
- Apenas tenha fé no Deus Único e venceremos toda a maldade de Lúcifer. Não é exatamente isso que sempre nos diz?
Neste momento, Xena toma posse da espada de Amandriel e então; o fogo santo do gume da espada se intensifica e uma intensa luz permeia o corpo da princesa guerreira e então raios e trovões assomam nos céus dançando misteriosamente.
Xena então sorri, aplica um salto mortal duplo reverberando o seu grito de guerra por mais uma vez plantando os seus pés novamente no chão diante de Lúcifer aplicando-lhe rapidamente um lance de espada, mas o mesmo bloqueia o golpe de Xena usando a sua espada negra, mas a princesa guerreira não desiste e aplica um forte, preciso e rápido chute frontal usando a sua perna direita atingindo o estômago do rei das trevas fazendo-o resvalar no chão onde Xena rapidamente levanta o seu pé direito e pisa na direção da cabeça de Lúcifer, mas o mesmo se esquiva, Xena então dá um passo para frente e pisa novamente usando agora o seu pé esquerdo na direção da cabeça do rei das trevas, mas pela segunda vez, o mesmo se esquiva rolando no chão, mas pela terceira vez, Xena repete a ação usando agora o seu pé direito novamente e pisa na cabeça de Lúcifer, a princesa guerreira então gira a espada no ar e aplica um lance de espada fincando a ponta do gume da mesma, direto na cabeça de Lúcifer onde neste momento, o mesmo reverbera um alto e cálido gemido de dor onde há neste gemido um como gemer de insânia, outro como grito em gutural e então, o corpo de Lúcifer começa a queimar em puro fogo santo divino fazendo-o gritar de dor e agonia e então, o corpo do mesmo se desfaz em névoa negra e rapidamente, a névoa de maldade passa a resvalar entrando no chão voando para o seu local de origem; o inferno.
Xena, Gabrielle e Amandriel se unem novamente e então; Xena indaga Amandriel dizendo:
- Amandriel, nos diga agora que isso deu certo!
Amandriel então sorri fixando os olhos seus em Xena e lhe responde dizendo:
- Sim Xena. Em verdade vos digo que o ferimento de Eva desapareceu no exato momento em que você derrotou Lúcifer usando a minha espada de fogo.
Xena então fecha os olhos seus e sente um forte alívio repousar em seu coração e então, Gabrielle indaga Xena dizendo:
- Do que vocês estão falando?
Xena então se refere à Gabrielle dizendo:
- Usamos o mesmo plano de Lúcifer contra ele. Ao derrotar o rei das trevas no mundo paralelo, a sua alma foi enviada direto para a sua jaula novamente e com isso, o ferimento de Eva desapareceu instantaneamente como se Lúcifer nunca houvesse se encostado a Ela.
- Mas você sabia disso o tempo todo Xena...?
- Não Gaby, eu apenas liguei os pontos. Pense bem... Porque o Deus Único nos enviaria até este mundo paralelo para buscar uma cura? Ficou tudo claro para mim a nossa real missão quando percebi isso, mas eu tenho certeza que esse anjinho sem vergonha já sabia disso ou ele nunca deixaria ser humano algum tocar em sua espada.
Amandriel então reverbera dizendo:
- Em verdade vos digo que eu descobri o que era a cura nesta batalha Xena, mas apenas você poderia derrotar Lúcifer e apenas você precisava descobrir sozinha como salvar a tua filha.
Xena então franze uma sobrancelha, faz um muxoxo com os lábios seus e se refere à Amandriel dizendo:
- Tudo bem, agora nos leve de volta, por favor, Amandriel. Mas antes quero me despedir da minha princesinha.
Amandriel consente, olha para Gabrielle que começa a chorar, mas tenta se conter a toda prova. Ele materializa as duas mulheres, para o lugar onde Eva estar sentada brincando com uma bonequinha de palha. Ao ver suas mães chegarem ela corre ao seu encontro feliz por vê-las. Enlaça o pescoço de Xena e puxa Gabrielle também com sua outra mão.
- “Mamãe, soninho” - esfrega seus olhinhos revelando outra necessidade.
Xena senta em uma pedra depositando-a com carinho em seu colo e canta uma canção de ninar, enquanto a menina adormece em seus braços maternais, com os olhos azuis cheios de lágrimas entrega sua preciosidade, para Amandriel que recebe e se desmaterializa rapidamente, para também retornar no mesmo instante.
- Ela ficará segura?- pergunta as duas guerreiras em uníssono.
- Em verdade vos digo que vocês nunca a deixarão sozinha, estarão sempre com ela, não em espírito, mas verdadeiramente, confie, assim como confiam em mim.
Ao final dessas palavras Amandriel então materializa Xena e Gabrielle de volta para o seu real mundo em que Eva está adulta aonde chegando à casa de Lila, Eva então abraça Xena calorosamente e logo em seguida, Eva abraça Gabrielle e reverbera:
- Muito obrigada. O ferimento simplesmente desapareceu e eu me sento ainda mais forte e saudável do que eu era antes. O que aconteceu?
Xena então sorri carinhosamente para Eva e lhe refere dizendo:
- Te contaremos tudo depois.
Neste momento, Lila reverbera dizendo:
- Bem... Já que está tudo resolvido, iremos todos comemorar o solstício de inverno como uma verdadeira família.
Todos então sorriem e neste momento, Amandriel caminha até a porta para sair da casa, mas Lila lhe segura o braço direito carinhosamente e lhe indaga dizendo:
- Onde pensa que vai?
- Eu preciso voltar para o céu.
- Não. Você irá comemorar conosco Amandriel.
- Eu não posso Lila. Essa é uma comemoração familiar, em verdade vos digo que não cabe a mim próprio me juntar a vós neste ato.
Gabrielle então repousa a sua destra no ombro esquerdo do Serafim e o indaga dizendo:
- E o que você pensa que se tornou para nós? Já te falamos isso certa vez. Não se lembra do almoço que fizemos um dia antes da batalha contra Lúcifer no apocalipse? Você já não é mais nosso amigo Amandriel e sim, um membro de nossa família.
Amandriel então toma a sua forma humana; a forma de sua casca humana André; sorri mimosamente para Gabrielle e Lila e então, todos caminham até a sala de jantar.
Enquanto isso no mundo paralelo:
Xena desperta do sono que se abatera repentinamente sobre ela olha para o lado e vê Gaby ainda adormecida, procura com rapidez por Eva, que estar dormindo aos seus pés tendo um passarinho como vigia! Ela se levanta rapidamente e espanta aquele passarinho abelhudo, e percebe que sua menina estar despertando juntamente com Gabrielle.
- Parece que dormi por séculos – brinca a poetisa, buscando carregar a menina nos braços que escapa ao ver outra criança na penumbra quase da noite.
- Mamãe, neném – aponta seu dedo indicador na direção oposta.
Xena se ergue em uma extrema velocidade seguida pela rainha amazona que agarra Eva pelos braços impedido-a de sair ao encontro da criança misteriosa.
- Está sozinha? - indaga a princesa guerreira, procurando ver se a criança estar acompanhada por provavelmente ladrões.
- Não, minha mãe, meu pai e meus irmãos estão com medo de vocês, porque são guerreiras, mas eu estou com muita fome, tem pelo menos um pedaço de pão?
- Mamãe – Eva chama Gabrielle que olha para baixo e contempla o rosto angelical de sua filha, há uma súplica estampada em sua face de criança.
Xena também ouve o chamado e olha para trás e de novo olha para frente, pensa e se fosse Eva faminta, sozinha, alguém ajudaria? Não precisava da resposta, sabia o que tinha que fazer.
- Chame seus pais e seus irmãos, nós somos de paz, só lutamos contra os maus – faz o gesto de luta e uma careta engraçada deixando a menina ri a vontade.
A garota some entre os arbustos para depois retornar acompanhada dos outros: pais, irmãos e irmãs. Gabrielle vendo que Xena resolveu a situação larga os braços de Eva e caminha na direção da gruta para buscar os alimentos, seguida por sua garotinha sorri, pois sabe que Eva é a prova a partilha.
O jantar é partilhado entre as nove pessoas, o que parecia impossível, já que os alimentos eram escassos, contudo por um milagre se multiplicou e todos puderam se alimentar dignamente de modo que ainda sobrara, para que aquela família pudesse levar algo para mais uma noite. O céu estava estrelado, um vento frio soprava baixinho, fazendo com que todos permanecessem juntos ao redor da fogueira. Eva pega sua boneca querida e entrega para a menininha de quase sua idade, Xena e Gabrielle se espantam, mas nada dizem, apenas observam sua menina, a Eva é realmente especial, a outra família também partilha uma linda canção, derivada das terras frias que fala sobre a partilha entre seus iguais.
Voltando ao mundo de Eva adulta:
Em meio às conversas do jantar, Sarah fixa os olhos seus em Amandriel, mas o mesmo apenas sorri mentre cora as suas alvas faces e abaixa a cabeça. Xena então fixa os olhos seus na mesa denuncia suas ações que procura algo e então, a mesma reverbera:
- Onde está o bolo de nozes...?
Gabrielle então move a sua cabeça para o lado esquerdo, coça levemente a sua jugular com suas faces coradas e então, a princesa guerreira se refere à poetisa guerreira dizendo:
- Ah... Gabrielle...!
Todos então se resvalam em gargalhadas alheias e após o jantar, Xena e Gabrielle vão de encontro à varanda da casa e contemplando as estrelas, Gabrielle se refere à Xena dizendo:
- Provavelmente, eu nunca conseguirei esquecer-me deste solstício de inverno. Tivemos um belo presente este ano. Vimos nossa Eva ainda criança, e ela até nos chamou de “mãe”.
- Entendo a sua animação Gabrielle, pois eu sinto o mesmo. Há algo no solstício de inverno que faz com que o coração das pessoas mude. As pessoas se tornam mais gentis e amorosas.
- Sim. Mas ainda assim, é uma pena que essa magia só aconteça no solstício de inverno, Xena. Acha que Lúcifer voltará a nos perseguir?
- Eu não sei Gabrielle. Eu sei apenas que a maldade sempre perseguirá o coração humano enquanto o mundo não compreender que só o amor e o perdão são os verdadeiros caminhos a serem seguidos.
- E nunca podemos desistir de nossas batalhas, de nossos demônios interiores, pois cada dia que passa, travamos uma nova batalha. Tristezas, mágoas, humilhações, rancores ou angústias... Tudo isso pode ter fim se você se permitir se perdoar, se amar e amar o seu próximo. O perdão de coração a um inimigo, ajudando qualquer pessoa que encontre e que necessite de sua ajuda. Isso lhe trará uma vida melhor. Acho que é isso o que o Deus Único deseja de nós.
Xena então sorri mimosamente para Gabrielle e lhe refere dizendo:
- Vem cá minha poetisa...!
Xena então segura carinhosamente à mão de Gabrielle cruzando os dedos entre as mãos e então; Eva assoma atrás das guerreiras e repousa a sua cabeça no ombro de Xena onde a mesma envolve o seu braço esquerdo por cima dos ombros e nuca de Eva onde a mesma envolve o seu braço direito pela cintura da princesa guerreira e então; a poetisa guerreira se refere à Xena e Eva mentre contempla as estrelas dizendo:
- Feliz solstício de inverno Xena e Eva.
Unissonamente, Xena e Eva respondem à Gabrielle dizendo:
- Feliz solstício de inverno Gabrielle.








FIM


A Bíblia sagrada nos revela em Isaías 11:1
- “Um ramo surgirá do tronco de Jessé, e das suas raízes brotará um renovo”.
Mesmo com tantas provações que nos infectam todos os dias, tantas batalhas que travamos a cada dia que se faz passar, dentro de cada um de nós existe uma força capaz de vencer todas essas batalhas.
Você que está lendo isso agora: sabeis; tu não nasceste para sofrer, você não se fez presente no mundo para viver envolto em tristezas e amarguras. Você vencerá todos os seus problemas, pois Deus sempre nos concede a força necessária para vencer nossas batalhas.
Que este conto possa encher o seu coração de alegria, compaixão e amor. Nunca desista de seus sonhos e de suas lutas, pois no momento certo, você vencerá e todos poderão ver a glória permeada em ti, pois cada um de vocês são merecedores da vitória.
Tu és um filho (a) amado (a) de Deus e com júbilo nos lábios meus, eu (Carlos Brito) e Valquíria Costa desejamos a todos um Feliz Natal.
Desejamos com muito carinho e amor em nossos corações que cada um de vocês possam passar este natal ao lado de todos aqueles que os cercam; de todos aqueles que vós os amam.

FELIZ NATAL A TODOS!

Por: Carlos Brito & Valquíria Costa




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